domingo, 9 de outubro de 2011

Influência Judaica em Minas Gerais 2 - Norte de Minas

A poesia das mãos do norte-mineiro



Antonio de Paiva Moura



O povoamento da região vem dos primórdios da mineração do ouro e do diamante. Sabe-se que entre os ibéricos havia um preconceito contra o trabalho manual. Por isso a administração colonial passou a permitir o afluxo de famílias de origem hebraica na região. No começo do século XVIII os descendentes de judeus, chamados cristãos novos ocuparam todo o Norte de Minas com as fazendas agropecuárias, nas quais faziam de tudo: tecelagem, artefatos de couro, móveis e utensílios de madeira e taquara. Na industria caseira fabricavam sabão de coco macaúba, doces, queijo e requeijão, farinha de mandioca e de milho. A produção agrícola englobava milho, feijão, arroz, batata, mandioca e frutas.

O Norte de Minas, durante todo o século XIX tornou-se uma ilha. Sem estradas de ferro e de rodagem; navegação incerta e precária. Esse isolamento permitiu a formação de um universo cultural autônomo, composto de realidades distintas. Com outras palavras, proporcionou a interação entre os valores eruditos e folclóricos de modo a formar uma cultura própria e inconfundível da região. Basta dizer que os seresteiros do Norte de Minas criaram arranjos que contemplam ao mesmo tempo a valsa de Viena e o canto dos vaqueiros. Zé Coco do Riochão associou técnicas artesanais na confecção de violas e violinos com suas próprias composições e habilidades de as interpretar.

A cultura do vaqueiro, do remeiro e da mulher rendeira é que sintetiza o perfil estético e técnico do norte-mineiro. O artesanato de couro começa com a confecção do chapéu. Este é ornado na barbela e na copa. O gibão de campear é ornado com pingentes nas mangas e na barra. Os arreios e as cordas não são simples instrumentos de trabalho. Cabresto, laço e rédea levam graciosas combinações de cores no trançado.

A confecção das canoas é uma engenharia e ao mesmo tempo uma arte. Os barcos são confeccionados de tábua. Além do cuidado técnico para evitar acidentes, os barcos levam à frente, no alto da proa, uma carranca, figura de gesto ameaçador. O casco é calafetado com resinas naturais da região. Pintado com cores vivas o barco artesanal segue seu destino.

As peças de cerâmica, geralmente utilitárias como pote, bilha, farinheira, tanto do Tejuco quanto de Candeal, no município de Januária são de barro branco com ornatos pintados em vermelho. Possivelmente, uma reminiscência da pintura rupestre pré-histórica do Vale do Peroaçu, também no município de Januária.



Antonio de Paiva Moura é mestre em História e professor do UNI-BH











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Data:

03/04/2005





Fonte:

www.asminasgerais.com.br

Influência judaica em Minas Gerais - 1

Influência Judaica na Cultura Mineira


A Influência dos Judeus "Cristãos-Novos" na Cultura Mineira



Por Rita Miranda Soares (texto disponível no site da ABRADJIN)



O povo brasileiro é fruto e fonte criadora de pluralidade cultural. A presença de outros povos em território nacional ajudou a moldar algumas de nossas principais características culturais, desde o desembarque de Cabral na terra que viria a ser o Brasil.



Essa diversidade deve ser reconhecida, respeitada e valorizada. Pois um povo que não conhece suas raízes, é um povo sem identidade.
Pensando nisso, procuramos resgatar nesse estudo a influência da cultura judaica sefaradim na civilização brasileira, especialmente em Minas Gerais, que é o tema central da nossa pesquisa. Consideramos importantíssimo marcarmos essa influência e nos lembrarmos da vertente judaica junto com o índio, junto com o negro, junto com o português, e com vários outros povos – italianos, sírios e libaneses, poloneses, japoneses, etc. – que aqui vieram compartilhar conosco da sua cultura.
Resgatar esses valores é resgatar a própria cultura mineira, a qual está intrinsecamente ligada à tradição milenar desse povo. Tradição que se viu camuflada, esquecida em muitas casas, simplesmente para que as famílias pudessem fugir às mãos de ferro da Inquisição. Quantos jovens e crianças não tiveram de renegar seu sangue, sua crença, sua família? Quantos homens e mulheres não se viram obrigados a deixar seus lares, suas terras e seus parentes, jogados numa aventura de futuro incerto, em frágeis naus, a fim de virem para uma terra estranha, sem saber o que os aguardava?!

A Península Ibérica (Portugal e Espanha) contribuiu, de maneira avassaladora, durante a Inquisição que durou cerca de três séculos, se não para o genocídio, pelo menos para o abafamento de boa parte da cultura, religião e arte de um povo de tão rica formação humanística.
A assimilação deles em nossa cultura foi imposta pela Inquisição, sob pena de expatriação ou morte, deixando muitas características judaicas no substrato dos brasileiros.
O estudo não pretende ser histórico nem profundo, apenas aborda e defende que muitos costumes, hábitos ou tradições do interior mineiro sofreram influência marcante dos judeus sefaraditas portugueses que vieram para Minas fugindo da Inquisição no nordeste brasileiro.
Após o batismo forçado pela Inquisição de Portugal, esses judeus ficaram conhecidos como “cristãos-novos”, para diferenciá-los dos “cristãos-velhos”. Muitos continuaram a praticar a sua religião secretamente e, por isso, eram constantemente vigiados e denunciados ao “Santo Ofício” como judaizantes; estes tinham todos os seus bens confiscados, além de viverem humilhados e confinados naquele país, isso quando não eram torturados e queimados vivos nas fogueiras.
O descobrimento do Brasil em 1500 foi uma porta que se abriu para esse povo perseguido. Milhares de “cristãos-novos” vieram para o Brasil na época da colonização já em 1503 (GUIMARÃES, 1999).
Mais tarde, com a atuação do Tribunal do Santo Ofício na Bahia em 1591/93, e em Pernambuco em 1593/95 e novamente na Bahia em 1618, os judeus que, a princípio, se encontravam nessas duas capitanias, dispersaram-se por todo o Brasil, principalmente para o Sul e Sudeste (LOURENÇO, 1995).
Com a descoberta do ouro nas capitanias de Minas em fins do século XVII, ocorre um movimento em direção ao território mineiro. Segundo a historiadora FERNANDES (2000), a maioria era formada por cristãos-novos que se estabeleceram na região, em atividades econômicas e no comércio.
Mas que marcas eles deixaram na formação do povo mineiro? Que costumes, hábitos ou tradições podemos identificar em Minas como sofrendo influência daqueles judeus cristãos-novos? Que influência exerceram na formação da nossa identidade?
A este grupo étnico que ajudou a povoar o Brasil nos três primeiros séculos do descobrimento e a seus descendentes que ora representa o grosso da população brasileira, devemos esta grande similitude com os sefaradins ibéricos. A alma profundamente quebrantada pela fé em D’us, o espírito pacífico e de bom humor, um povo amante da paz com uma grande capacidade para viver e sair de situações difíceis e adversidades seculares – o famoso “jeitinho” brasileiro - , uma tendência universalista para as coisas filosóficas, as habilidades com o comércio, etc. Em suma, um povo apaixonado e obstinado, uma raça bonita e sábia, apesar de seus defeitos e mazelas.
Analisando estas e outras características, percebe-se claramente que o povo do interior do estado de Minas Gerais parece ser o retrato mais fiel dos judeus portugueses do século dezesseis a dezoito que vieram povoar este país.
O temperamento do homem dessas regiões, seu aspecto físico, os costumes em vigor até bem pouco tempo, herdados dos antepassados povoadores, indicam influência preponderante desses judeus ibéricos. Também os registros de nomes demonstram uma concentração de judeus cristãos-novos nessa região do interior mineiro, proporcionalmente entre as mais densas do mundo.
O cancioneiro popular de Minas exprime bem o espírito mineiro. Aqui as coisas são feitas sem pressa, para durar – o tempo pouco importa.
Diz-se que o mineiro é “fechado” como sua terra. Esse fechamento traduz-se numa sobriedade evidenciada no seu modo de ser – no comer, no vestir, no falar.
O mineiro escuta muito mais do que fala e não demonstra facilmente seus sentimentos. “Não desperdiça gestos, como não desperdiça nada” (Alceu Amoroso Lima).
Certamente aprendemos com nossos antepassados a não desperdiçar, pois seus bens tinham sido espoliados pela Inquisição e vieram para o Brasil sem nada para aqui construírem suas vidas. Daí o conceito de que o mineiro é “pão-duro”, em outras palavras, “econômico”.
O mineiro “calado” aprendeu com seus ancestrais a esconder seus sentimentos e crenças para não ser vítima dos “deduradores” ou “espiões” da Inquisição. Tanto é assim, que quando alguém está fazendo perguntas demais, diz-se que ele está inquirindo muito (inquisição = ato ou efeito de inquirir).
E o tradicionalismo mineiro? Quando se fala na “tradicional família mineira” associa-se logo a idéia a uma atitude ultraconservadora. O sistema patriarcal mineiro tem suas raízes nos colonizadores cristãos-novos vindos na época da mineração – aqui chegaram com seus valores tradicionais intactos, plantando-os em Minas.
O mineiro é triste, repete-se constantemente. De uma tristeza guardada, que transparece em sua arte e só se denuncia sutilmente, em gestos discretos. De onde viria essa tristeza?
Talvez da saudade que se perdeu no tempo. Saudade que os judeus sentiram quando deixaram a terra onde viveram por tantos séculos – a península ibérica – e emigraram para o Brasil. Também da tristeza de se saber perseguido e vigiado por onde quer que vá.
É em Minas também que se encontram as primeiras expressões de nacionalidade e de justiça. E de reivindicações pelos direitos adquiridos, presentes nos motins e revoltas do século XVIII. A circulação do ouro e de diamantes levava, em seu bojo, a circulação das idéias, suscitando rebeliões que, hoje, são reconhecidas como sementes de nossa independência nacional e de nosso acesso à modernidade.
A sucessão de rebeliões impressionou o governador, conde de Assumar, que, queixando-se ao rei pela sublevação de Felipe dos Santos, Vila Rica (1720), afirma: “O espírito de rebelião é quase uma segunda natureza das gentes de Minas” (FERNANDES, 2000).
O que era rebelião para o reino português, significava justiça para o povo mineiro.Foi a dominação e a insubmissão, a coragem e o medo, a desconfiança e a luta, a saudade e a esperança, a discrição e o apego à liberdade, que fizeram um povo mineiro profundamente ligado ao seu berço, à sua gente e à sua terra.

A descoberta do ouro em Minas que, segundo alguns autores se deveu ao cristão-novo Antônio Rodrigues Arzão, em 1693, acarretou forte movimento migratório, vindo da própria Colônia ou da Metrópole para o interior.
Na primeira metade do século XVIII, segundo Neusa FERNANDES (2000), estima-se que a corrida do ouro levava para as Minas, oito a dez mil pessoas por ano.
Em pouco tempo, a capitania de Minas Gerais tornou-se a mais populosa da Colônia, suplantando a da Bahia e a do Rio de Janeiro.Vila Rica, uma das primeiras vilas surgidas, foi o centro comercial da capitania, onde atuaram a maioria dos cristãos-novos processados pela Inquisição em Minas. No meado do século, uma grande comunidade judaica tentou fundar uma irmandade clandestina na cidade.
O historiador Elias José LOURENÇO (1995, p. 73-77) nos conta com maior clareza este fato e narra os costumes que ele encontrou ali e em outras regiões próximas:
Em Vila Rica, meados do século dezoito, havia uma comunidade judaica muito bem disfarçada, que tentou organizar-se numa falsa irmandade, com o título de “fiéis de Deus”. Como se sabe, assim se intitulavam os seguidores do profeta Eliseu, que em meio da idolatria de Israel, proclamava sua fidelidade a Yaveh. Chegaram a ocupar uma casa junto da atual capela do Bom Jesus dos Perdões, então em construção, e enganaram o bispo de Mariana, que somente depois de muito tempo desconfiou dessa confraria e resolveu dissolvê-la. Esse e outros fatos, que seria longo enumerar, explicam os costumes que ainda encontrei em minha infância e mocidade e que perduram no interior de Minas.[...] Os filhos e netos de judeus, perdida a lembrança religiosa, adotaram a prevenção contra os do seu sangue e acometiam contra eles com frases que os depreciavam. [...] O sujeito econômico, “unha de fome”, como se dizia, era apelidado de somítico, isto é, semítico. Fazer sofrer alguém, prejudicar, ofender, etc., era “judiar”... Afirma-se que quando um judeu disfarçado, ou seja, marrano, estava para morrer, a fim de evitar que novamente ele se revelasse adepto da lei de Moisés, comprometendo os demais, era logo chamado o “abafador”, isto é, um sujeito que tinha por missão estrangular habilmente o doente. Isso permaneceu em nossos costumes com os conhecidos personagens que “ajudavam a morrer”. Quando alguém definhava em moléstia longa, diziam que “estava tão fraco que nem tinha força para morrer”. Chamando o abafador, ele afastava do quarto do doente as pessoas da família, encostava a porta e começava a operação. Punha um crucifixo nas mãos do doente, passava os braços pelas costas e aplicava o joelho contra o tórax... À medida que ia aumentando a compressão contra o peito do moribundo, asfixiando-o, em voz alta, para ser ouvido de fora, ia dizendo: - Vamos, meu filho! Nosso senhor está esperando! Quando o paciente exalava o último suspiro, o abafador compunha o corpo, chamava as pessoas da família e lhes comunicava que o fulano havia morrido “como um passarinho”, isto é, suavemente [...] Esses homens que “ajudavam a morrer” ainda existem em distantes povoados de nosso interior. “Lamparina” é um ritual judaico e persiste no interior do estado. Ainda de uso doméstico, acendia-se a lamparina de azeite no quarto da parturiente porque a criança, antes de ser batizada ou passar pela circuncisão, não pode ficar no escuro. [...]. Aos sábados, acendia-se diante do oratório uma vela, que deveria arder até o fim do dia, costume judaico que se cristianizou [...]; os sábados eram ainda os dias de vestir “roupa lavada”. O sinal de hospitalidade mais sensível, revelador de especial atenção para com um viajante, e a primeira coisa a fazer antes de qualquer alimento, era mandar-lhe ao aposento uma bacia de água morna para lavar os pés. Recordação milenar dos desertos da Ásia, transformada em cortesia. Em Minas, em São Paulo e creio que em quase todo o Brasil de povoamento antigo, ninguém comia carne de animal de sangue quente que não tivesse sido “sangrado”(ex.: a galinha). Este uso é de uma importância transcendente para o judeu, e como tal ficou arraigado em seus descendentes como costume irrevogável.[...]. Do mesmo modo, apesar da riqueza piscosa de nossos rios, ela nunca constituiu base de alimento para nossas populações, salvo as forçadamente ribeirinhas. Era colossal o consumo de peixe salgado que vinha para Minas, em lombo de burro, no período colonial, substituído depois pelo bacalhau. É que os peixes mais abundantes em nossos rios são “peixes de couro”, expressamente proibidos pelo livro de Levítico”.
Com o passar do tempo, passando a febre do Eldorado, os cristãos-novos se segregaram, por assim dizer, entre as montanhas de Minas, longe dos litorais e portos marítimos, distantes de outras correntes migratórias, dando ao povo mineiro peculiaridade étnica e cultural com características bastante definidas.
No começo, famílias como os Leões, os Fortes, os Henriques, os Carneiros, os Campos, etc., chegaram a constituir povoados, verdadeiros “guetos”, que ainda hoje se reconhecem por não terem capelas em suas ruínas, em constraste com os fundados por cristãos-velhos, onde a igreja era uma das primeiras edificações (LEAL, 2000).
Em Paracatú, Serro Frio, Sabará e imediações e em Pitanguí tinham suas maiores aglomerações. Eram numerosos também nos arraiais que cercam Ouro Preto e Mariana e ao longo do caminho do Rio Grande e da Bahia. Havia, porém, cristãos-novos espalhados por todo o território mineiro: nas estradas, nas entradas das vilas e nos caminhos de “ir-e-vir”.
Considerando-se o trabalho desbravador que esses cristãos-novos realizaram e os movimentos comerciais que inovaram, pode-se dizer que a eles se deve a realização dos primeiros contratos, a criação dos primeiros empregos, promovendo negócios e instrumentos que revertiam para a Coroa portuguesa, ficando, porém os lucros e parte da riqueza em mãos dos moradores.
A historiadora Neusa FERNANDES (2000) nos relata que a terceira década do século XVIII foi o período em que a ação inquisitorial tomou maior impulso em Minas. Num espaço de dez anos, foram presos em Minas cerca de 30 cristãos-novos, todos acusados de judaísmo.
Ao ler os processos analisados pela historiadora em seu livro, percebemos que muitos deles foram criados na religião católica, até a idade de 11, 12, 13, 19 ou mesmo 20 anos, quando então abraçavam o judaísmo, persuadidos ou influenciados pela avó, ou pela mãe. Sabemos que no judaísmo é a mulher quem educa as crianças, cabendo-lhe a tarefa de ensinar-lhes todas as tradições e costumes. Esse hábito está ainda presente nas famílias mineiras, onde à mulher cabe a tarefa de educar os filhos, discipliná-los e iniciá-los na religião, ficando o marido apenas com a incumbência de trabalhar e suprir a casa.
Além disso, a “religião de verniz” ou o “ir para a igreja sem convicção interior”, atribuída pelo clero católico aos brasileiros em geral, é originária, talvez, do comportamento dos cristãos-novos que, por circunstâncias ou displicência, ficavam anos embrenhados nas matas, sem comungar e confessar. A posição espiritual do brasileiro, que se mantém relativamente indiferente nas discussões religiosas, pode ser fruto do conturbado ambiente sócio-religioso-colonial (MIZRAHI, 1999) da época.
Os três séculos de perseguição, movidos pela Inquisição aos cristãos-novos luso-brasileiros levaram o grupo ao inconformismo. Vivendo numa “marginalidade interior”, “homem dividido” segundo a historiadora Anita Novinsky, temendo sempre possíveis denúncias, o cristão-novo tornou-se permeável e atraído para idéias e movimentos de oposição ( Como prova a Inconfidência Mineira).
O cristão-novo se sentia em permanente transgressão. Não era católico nem judeu. Praticava um dualismo religioso, apresentando-se exteriormente como cristão-novo e praticando os ritos judaicos dentro de casa ou da prisão, sempre com a preocupação de se ocultar para não despertar suspeitas nos vizinhos.

Essa situação é bem expressa no romance “A saga do marrano” (AGUINIS, 1996):


A nós foi aplicada e continuam a aplicar a violência. O efeito é trágico: somos católicos na aparência para sobreviver na carne, e somos judeus por dentro, para sobreviver no espírito” .
A influência mais forte dessa ambigüidade, desse dualismo, talvez esteja no “fechamento dos mineiros”, no seu jeito calado, na sua resistência em falar das suas crenças mais íntimas.
Guardados nas montanhas de Minas, estão até hoje muitos traços dos cristãos-novos e seus descendentes, expressos no que se chama hoje de: conservadorismo mineiro, política mineira ao pé do ouvido, pão-durismo mineiro, humor mineiro, desconfiança mineira, o jeito amaneirador do povo mineiro, a superação de obstáculos, o apego à justiça, enfim, toda “mineirice” se identifica muito com os judeus portugueses dos séculos XVI, XVII e XVIII.A seguir, procuramos listar alguns costumes judaicos incorporados à tradição mineira, a maioria do livro do LEAL (2000) , outros tirados da informação verbal e da tradição oral:





Passar a mão na cabeça: isto é, relevar, perdoar, acarinhar, ignorar uma falta de alguém. É a bênção judaica.


Sefardana: Para o historiador Augusto de Lima, a expressão insultuosa de Sefardana é deturpação intencional dos nomes “Sefarad" [1] e “Sefaradins”.

Jurar pelo eterno descanso de um morto querido: juro pela alma do meu pai, ou da minha mãe, e assim por diante. É resíduo de um rito judaico.


Deus te crie: ante o espirro de uma criança. Herança da frase hebraica – Hayim Tovim.

Amuletos: usado muito no interior, os signos de Salomão ou de David (a estrela de seis pontas) e até mesmo nas porteiras e muros das casas, embora para o judeu não seja amuleto, mas seu significado foi deturpado entre os descendentes assimilados.

Varrer a casa: da porta para dentro das casas, costume arraigado até os dias de hoje.


Passar mel na boca: quando da circuncisão, o Rabino passa o mel na boca da criança para evitar o choro. Daí a origem da expressão: “Passar mel na boca de fulano”.

Siza: vem do hebraico “Sizah”, quando vai pagar o imposto. Pagar a siza.

Massada: palavra muito usada pelos mineiros para explicar uma tragédia: “foi uma massada”. A fortaleza de Massada, perto do Mar Morto, foi destruída pelos romanos nos anos 70 d.C., quando pereceram mais de 800 judeus, segundo afirma Flávio Josefo.

Lavar os mortos: largamente usado no interior das Minas Gerais. Usado ainda, em algumas regiões. Está bem desaparecido.

Para o santo: o hábito sertanejo de, antes de beber, derramar uma parte do cálice, tem raízes no rito hebraico milenar de reservar, na festa do pessach (páscoa), copo de vinho para o profeta Elias (representando o Messias que ainda virá).
Punhado de terra: costume de jogar terra no caixão quando ele é descido na sepultura.

Mezuras: fazer mezuras, reverências. Talvez venha do Mezuzah [2] hebraico colocado nas portas, ao qual os judeus antes de entrar fazem uma reverência.

Carapuça: a expressão “fulano de tal pôs a carapuça”, ou “esta carapuça não serve para mim”, vem dos tempos da Inquisição, quando o réu era obrigado a colocar uma carapuça sobre a cabeça, assumindo a culpa..

Judiar: vem dos tempos da Inquisição, em que se maltratavam e perseguiam os judeus – significa atormentar e torturar os judeus.


Mesa de mineiro tem gaveta para esconder a comida quando chega visita: esse costume, conhecido dos mineiros e relacionado à sovinice, tem outra raiz. É o costume que tinham os cristãos-novos e que passou aos seus descendentes, de guardar a comida que estavam comendo quando chegava um visitante – normalmente um cristão-velho. Para isso, as mesas da copa tinham gavetas. A raiz desse costume é que muitos cristãos-novos, apesar do batismo forçado, continuavam praticando secretamente a sua religião. E no judaísmo, a comida deve ser kasher, ou seja, a comida recomendada pela Torah, na qual existem alimentos proibidos aos judeus – Levíticos 11 – como, por exemplo, a carne de porco, peixe sem escama, etc. Dentro desse preceito, há receitas tipicamente judaicas. E se um cristão-velho chegasse de repente à casa e visse essa comida típica, fatalmente o cristão-novo seria reconhecido e denunciado. Por isso, eles guardavam o que estavam comendo nas gavetas, e ofereciam outra coisa ao visitante, como o queijo minas, por exemplo. Esta é a raiz desse costume, que muitos mineiros até brincam a respeito, mas que não está relacionado à sovinice e sim ao medo da delação (MENDA, 2000) [3].



Lenda da Verruga: como se sabe, o dia no judaísmo começa na véspera. Então, o “shabat” – descanso judaico no Sábado, começa na véspera com o nascimento da primeira estrela. Se um judeu apontasse para o céu quando visse a primeira estrela para anunciar o início da festa do Shabat, como cristão-novo ele estaria se denunciando. O adulto poderia se controlar, mas o que se diria para as crianças? “- Não aponta que se nasce verruga”. Era a única maneira de poder controlá-las, para que a família não fosse descoberta e perseguida pela Inquisição (MENDA, 2000).



Ficaram a ver navios: era a época de ouro da Península Ibérica. O rei Dom Manuel precisava dos judeus portugueses, pois eram toda a classe média e toda a mão-de-obra, além da influência intelectual. Se Portugal os expulsasse logo como fez a Espanha, o país passaria por uma crise terrível. Então o rei fingiu marcar uma data de expulsão, que era a Páscoa. No dia marcado, estavam todos os judeus no porto esperando os navios que não vieram. Todos foram convertidos e batizados à força, em pé. Daí a expressão: “ficaram a ver navios”. O rei então declarou: não há mais judeus em Portugal, são todos cristãos (cristãos-novos). Era 1492. Durante mais ou menos 30 anos eles continuaram praticando o judaísmo por debaixo do pano, às escondidas, mas com tolerância portuguesa, até a chegada da Inquisição. Com a Inquisição, veio a vigilância, a perseguição, a intolerância, e foi aí que muitos vieram para o Brasil fugindo dela(MENDA, 2000).

Além dos costumes e expressões mencionadas acima, há um outro aspecto que gostaríamos de mencionar, embora seja tema para outro estudo mais amplo. É a questão dos sobrenomes.

Até a época de Napoleão, o judeu não tinha sobrenome: era “fulano filho de fulano” - não tinha identidade civil. Com a conversão forçada, eles têm de assumir um sobrenome e adotam nomes de famílias tradicionais cristãs, ou nome de um local, ou de uma árvore, ou da sua profissão, ou de um animal, ou de um português ilustre.
Os arquivos da Inquisição da Torre do Tombo, em Lisboa, pesquisados por WIZNITZER (1996, p.35), traz os nomes de 25 judaizantes brasileiros processados na Bahia, dos quais citaremos apenas alguns sobrenomes: Antunes, Costa, Duarte, Gonçalves, Fernandes, Lopes, Mendes, Miranda, Nunes, Rois, Souza, Teixeira, Ulhoa e outros.
Outros sobrenomes de pessoas processadas no Brasil pela Inquisição, devidamente documentados, são (GUIMARÃES, 1999): Abreu, Andrade, Barros, Borges, Cardozo, Carvalho, Coelho, Carneiro, Cunha, Ferreira, Figueira, Gomes, Henriques, Leão, Lemos, Machado, Miranda, Moura, Nogueira, Oliva, Oliveira, Paes, Pinheiro, Pires, Ramos, Rios, Reis, Serra, Sylva, Simões, Soares, Tavares, Telles, Valle, Vaz, etc.
Acompanhando a história dessas famílias, nota-se que grande parte delas se dirigia em direção ao Sul, fixando residência nos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais. Outros subiam em direção ao norte do país, especialmente Pernambuco e Pará (GUIMARÃES,1999). Esses estados também foram muito influenciados por uma série de costumes judaicos, que não abordaremos nesse estudo. Ressaltamos que não podemos afirmar que todo brasileiro, cujo sobrenome conste desta lista seja necessariamente descendente de judeus portugueses. Para saber-se ao certo precisaria de uma pesquisa mais ampla, estudando a árvore genealógica das famílias, o que pode ser feito com base nos registros disponíveis nos cartórios.
Apesar disso, o que queremos frisar é que há uma grande concentração desses sobrenomes em Minas (e outros que não citamos por questão de espaço), mostrando a descendência dos cristãos-novos. A influência histórica judaica-sefardita é inegável.
A história da formação do povo mineiro e do povo brasileiro em geral, estará mutilada até que se faça um profundo estudo sobre os cristãos-novos e seus descendentes da Península Ibérica, e da grande influência que exerceram na vida do povo mineiro e brasileiro espalhado por esse imenso país.
Essa história está muito próxima de nossos olhos, de nosso tato, de nossos costumes, portanto é muito reveladora e com fatos muito evidentes. Basta escrevê-la sem tendências e nem preconceitos.
Orgulhemo-nos, como mineiros, da nossa herança cultural. Afinal, um povo para crescer, precisa da sua identidade, e para um povo conhecer sua identidade, precisa conhecer e resgatar suas raízes o mais profundo que puder.





quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Quais são as evidências do batismo com o Espírito Santo?



Mudança de atitude

Conhecimento de Deus

Reconhecimento do caminho da verdade

Simplicidade

Prudência

Principalmente: Amor


Disposição de negar a si mesmo e tomar a consciência do escândalo da cruz.

“Necessário é morrer, abrir mão do velho homem, morrer e renascer da água do Espírito”

Lembre-se: a igreja de Corinto, estava cheia de dons mas vazia destas evidências...

"O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá;" (I Coríntios 13 : 8)


domingo, 26 de junho de 2011

É Fantástico uma sociedade alternativa?



Interessante a edição das primeiras reportagens do Fantástico deste domingo que acabei de assistir. Revelaram de forma muito sutil o real interesse por trás daqueles que fazem parte da editoração do programa.
O Fantástico já começou com uma reportagem sobre um Juiz de Direito de Goiânia que não autorizou o pedido de União Estável de dois homossexuais. Na verdade, o Juiz não autorizou que os mesmos fossem reconhecidos como "casal" ou como entidade familiar. Embasado na Constituição Federal que fala da proteção do Estado conforme o artigo 226 no parágrafo 3º que diz:

Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a
mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.
 
Mas o juiz, conforme a própria reportagem mostrou, tem um vasto conhecimento humano que vai de Vinícius de Moraes a Marthin Luter King e é Pastor da Assembléia de Deus. Baseando-se apenas na lei dos "homens" o juiz trouxe um raciocínio muito esclarecedor e que eu gostaria de colocá-lo aqui:
 
"Vamos pensar numa situação hipotética: Leve 10 homens para uma ilha do Pacífico e que eles fundem ali um Estado, com certeza este Estado não subsistirá por mais de uma geração."
 
Mas o que impressionou foi a sequencia de reportagens, logo em seguida aparece a parada gay com grupos andróginos, gays, lésbicas simulando casamentos, mostraram até um homem vestido de noiva procurando um "príncipe encantado".
Já a terceira reportagem colocada mostra como a edição foi ardilosa, aparecem os casos de duas meninas que nasceram em condições muito "modernas" através da inseminação artificial mas com o material de pais já falecidos.
Ou seja, a reportagem aparece aí para contrariar o que o juiz disse e defende. Resolvi escrever bem claramente o que eles tentaram incutir de forma subliminar em milhões de brasileiros para que você veja os reais propósitos:
 
1. O juiz é ultrapassado e um fundamentalista religioso.
2. Gays são família.
3. Os gays podem ser pais ou mães usando a ciência que já é tão avançada.
 
Como tentam fazer isso de forma tão ardilosa? É ofensivo, é bizarro, é grotesco, é subestimar a capacidade de inteligência dos telespectadores. Acredito que eu me sentiria ofendido até se usassem esse recurso para vender Coca-Cola imagina para vender uma ideologia absurda como essa.
Estamos engolindo essas coisas todo dia e não fazemos nada (foi o que pensei), resolvi então escrever imediatamente para não deixar o sentimento de indignação ir embora...
Em nome de uma ideologia (o homossexualismo - lembrar que tudo que termina com "ismo" é ideologia, como marxismo, comunismo, liberalismo e etc...) a midia passa por cima da lei, dos costumes, da igreja, da fé, enfim da essência do ser humano e de elementos básicos que constituem uma sociedade.
Em nome de uma ideologia alguns querem acabar com estes elementos, destruir a família (definida pela juiz em questão como célula mãe da sociedade).
Não é de hoje que estas influências estão tomando as mentes dos brasileiros, uma geração atrás dançava ao som de "Viva, viva, viva a sociedade alternativa..."
O mundo não entende, não percebe que a apologia da sociedade alternativa é a apologia da destruição da sociedade como nós conhecemos, o fim da família, a inversão de valores.
Senti náuseas por ver isto no domingo à noite, senti pena por aqueles que vêem mas não entendem, senti compaixão pelos cegos espirituais que são dia após dia persuadidos por um jogo sujo de palavras e de imagens, lembrei de um amigo que sempre diz que o pior inimigo do homem é a ignorância...
Lembrei e recorri à Palavra de Deus (lâmpada para os meus pés):

"E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, Que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne; E os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, Os vossos jovens terão visões, E os vossos velhos terão sonhos;" (Atos 2 : 17)


A Igreja do Senhor precisa estar revestida neste tempo, cheia do Espírito de Deus para profetizar, para ver, para sonhar e para proclamar o Reino de Deus agora!




terça-feira, 24 de maio de 2011

Tempo de louvar a Deus

ATOS 16


25 E, perto da meia-noite, Paulo e Silas oravam e cantavam hinos a Deus, e os outros presos os escutavam.

26 E de repente sobreveio um tão grande terremoto, que os alicerces do cárcere se moveram, e logo se abriram todas as portas, e foram soltas as prisões de todos.

27 E, acordando o carcereiro, e vendo abertas as portas da prisão, tirou a espada, e quis matar-se, cuidando que os presos já tinham fugido.

28 Mas Paulo clamou com grande voz, dizendo: Não te faças nenhum mal, que todos aqui estamos.

29 E, pedindo luz, saltou dentro e, todo trêmulo, se prostrou ante Paulo e Silas.

30 E, tirando-os para fora, disse: Senhores, que é necessário que eu faça para me salvar?

31 E eles disseram: Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa.

Hoje, fiquei pensando no período de tempo no qual Paulo e Silas estiveram no cárcere interior, nesta hora acredito que os carcereiros olhavam para eles ali naquela prisão e pensavam: Mas não está acontecendo nada com eles? Não são eles que falam em nome de Deus? Acredito que por alguns instantes as pessoas que estavam ali viam Paulo e Silas jogados no cárcere como indivíduos sozinhos, sem amparo de ninguém, homens sem Deus...Mas logo a diferença é notória! Paulo e Silas começam a entoar um cântico e os alicerces são abalados, todos notam que há algo de diferente com aqueles homens. E aqueles que eram responsáveis pela prisão são salvos, não só eles mas todos os seus...É tempo de surpreender as pessoas à nossa volta com a presença de Deus em nós, é tempo de louvar a Deus mesmo que seja no cárcere interior, mesmo nas prisões. Lembre-se: A Glória de Deus será manifesta de forma ainda maior quanto maior for a dificuldade para adorar...Continue buscando você também será surpreendido pela presença do Espírito de Deus! A Glória será tão grande que você verá prisões sendo abertas, cadeias caindo ao chão em sua frente, pessoas sendo libertas pelo poder de Jesus...

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Qual a diferença de Direito para Justiça?

Recentemente na faculdade, meu professor da disciplina de Estado e Ordenamento Jurídico solicitou a produção de um texto sobre justiça, resolvi falar sobre a diferença entre esta e o Direito. Compartilho aqui com os amigos...

A definição de justiça pode ser considerada como algo extremamente amplo, é assim, abrangente atingindo a coletividade humana. Pode-se dizer que se forma um conceito de justiça quando o ser humano começa a se perceber como ser pensante e portanto, com a capacidade modificadora do meio em que vive. As relações sociais que surgiam nem sempre harmônicas nas sociedades primitivas começaram a gerar um senso do que é justo ou injusto segundo as próprias concepções do homem.
Entretanto, há que se observar que houve essa formação do senso de justiça no inconsciente coletivo graças à própria vida em sociedade e os conflitos que dela surgiam. Ao contender com o outro, o ser humano vê-se diante da necessidade de que algo maior seja usado para estabelecer a diretriz solucionadora.
Pode-se pensar assim que se trata da necessidade do Direito, da norma, mas há algo que estabelece a base desta norma e mais ainda, a antecede: A Justiça. Ela está para o Direito como a ética está para a moral, um é factual e mutável e o outro imutável, um origem e o outro consequência.
No discurso entre Direito e Justiça cita-se o caso do julgamento de Salomão, a história bíblica mostra que duas mulheres disputavam a mesma criança;  a resposta do "juiz" foi que a criança fosse partida ao meio e dada uma parte para cada uma. É aí que surge a verdadeira mãe, aquela que preferiu abdicar do seu direito mas ver a criança viva.
Interessante é que a Bíblia nos faz perceber que aquela demonstrou o sentimento verdadeiro seria enfim a mãe da criança, a Bíblia nos conta qual foi a decisão mais sábia e justa.
Neste caso então Direito e Justiça se encontram, mesmo que a mãe biológica fosse a outra, a decisão soa como justa e sábia. É nesse campo que a Justiça aparta-se do Direito. Sendo ela mais ampla e detentora de uma sabedoria transcendente, o Direito mostra-se frágil e menor, dependente da Justiça de Deus para se aproximar da decisão mais sábia...

"E todo o Israel ouviu o juízo que havia dado o rei, e temeu ao rei; porque viram que havia nele a sabedoria de Deus, para fazer justiça." I Reis 3.28

sábado, 14 de maio de 2011

Vale é lugar de visão...

Encontrei este texto em um blog, abaixo as devidas referências, quero compartilhá-lo aqui com vocês:

SENHOR EXCELSO E SANTO, MANSA E HUMILDEMENTE


trouxeste-me ao vale da visão,

onde das profundezas em que vivo vejo-te nas alturas;

acossado pelas montanhas do pecado, contemplo tua glória.

Faz-me aprender pelo paradoxo de que

a vereda para baixo é o caminho para cima,

ser humilhado é ser exaltado,

o coração quebrantado é o coração vigoroso,

o espírito contrito é o espírito exultante,

a alma arrependida é a alma vitoriosa,

não ter nada é possuir tudo,

levar a cruz é cingir a coroa,

dar é receber,

o vale é o lugar da visão.

Senhor, de dia pode-se contemplar as estrelas do mais escuro abismo,

quão mais profundo for, mais fulgurantes cintilam as tuas estrelas;

Faz-me encontrar a tua luz na minha escuridão,

a tua vida na minha morte,

o teu gozo no meu pesar,

a tua graça no meu pecado,

a tua riqueza na minha pobreza,

a tua glória no meu vale.





Autor: Não informado.

Fonte: The Valley of Vision. Arthur Bennett (org.), The Banner of Truth Trust, 2005, p. xv.

Tradutor: Marcos Vasconcelos

www.mensreformata.blogspot.com

domingo, 17 de abril de 2011

Poema de minha filha...

Hoje fiquei surpreendido com um poema escrito por minha filha de apenas 10 anos, interessante como ela já tem o dom!! As palavras que podem parecer desconexas fazem muito sentido no todo:


O PRECONCEITO

Um dia estava na rua quando uma atitude crua eu tomei,
Com meu rosto,
Tive a impressão que no encosto
Viria um homem mau

Até que me veio  uma idéia fenomenal
Fazer uma marcha contra o racismo
O fenômeno de povos multirraciais
Apareceram com cartazes com importantes valores
que me fizeram pensar em amores...

Clara Marinho

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Na intimidade



Há dias em que as coisas parecem confusas, tudo parece não funcionar bem, você acorda já cansado, levanta e percebe que tem muita coisa para fazer e não sabe por onde começar. Taquicardia, palpitações, sono...Mas, é preciso ser mais forte que isso, é preciso levantar e continuar, afinal parar naquela hora é comprometer muitas coisas. Mas é preciso parar. É preciso parar e ouvir, é preciso parar e falar, é preciso parar e tocar. É preciso. É preciso olhar!
Olhar ao redor e ver.
Ver que há uma mão puxando sua calça enquanto se arruma para ir para o trabalho querendo seu colo, ver que tem um menino de uns oito anos com uma prova de inglês, orgulhoso para mostrar um "A parabéns", há uma menina também tentando te ajudar naquela correria toda (da forma dela é claro, mas te ajudando). É preciso parar...
É preciso parar e ver uma luz que entrou insistente pela janela, uma brisa fresca no seu rosto quando você atravessava o caminho do prédio até a garagem, é preciso ouvir uma voz lá no fundo da sua alma que diz: Eu estou aqui e estou vendo sua luta, olhe e ouça...Eu te amo...
É tempo amigos de tirarmos o comichão dos ouvidos! É tempo de ouvir o Senhor dizer: Eu estou contigo!

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Carta de um cristão da igreja primitiva...


“Os cristãos não se distinguem dos demais homens, nem pela terra, nem pela língua, nem pelos costumes. Nem, em parte alguma, habitam cidades peculiares, nem usam alguma língua distinta, nem vivem uma vida de natureza singular. Nem uma doutrina desta natureza deve a sua descoberta à invenção ou conjectura de homens de espírito irrequieto, nem defendem, como alguns, uma doutrina humana. Habitando cidades Gregas e Bárbaras, conforme coube em sorte a cada um, e seguindo os usos e costumes das regiões, no vestuário, no regime alimentar e no resto da vida, revelam unanimemente uma maravilhosa e paradoxal constituição no seu regime de vida político-social. Habitam pátrias próprias, mas como peregrinos. Participam de tudo, como cidadãos, e tudo sofrem como estrangeiros. Toda a terra estrangeira é para eles uma pátria e toda a pátria uma terra estrangeira. Casam como todos e geram filhos, mas não abandonam à violência os recém-nascidos. Servem-se da mesma mesa, mas não do mesmo leito. Encontram-se na carne, mas não vivem segundo a carne. Moram na terra e são regidos pelo céu. Obedecem às leis estabelecidas e superam as leis com as próprias vidas. Amam todos e por todos são perseguidos. Não são reconhecidos, mas são condenados à morte; são condenados à morte e ganham a vida. São pobres, mas enriquecem muita gente; de tudo carecem, mas em tudo abundam. São desonrados, e nas desonras são glorificados; injuriados, são também justificados. Insultados, bendizem; ultrajados, prestam as devidas honras. Fazendo o bem, são punidos como maus; fustigados, alegram-se, como se recebessem a vida. São hostilizados pelos Judeus como estrangeiros; são perseguidos pelos Gregos, e os que os odeiam não sabem dizer a causa do ódio. Numa palavra, o que a alma é no corpo, isso são os cristãos no mundo. A alma está em todos os membros do corpo e os cristãos em todas as cidades do mundo. A alma habita no corpo, não é, contudo, do corpo; também os cristãos, se habitam no mundo, não são do mundo.” (Carta a Diogneto).

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Jesus: âncora de nossas almas...

        
Graça e Paz amigos
Ontem lendo a Palavra de Deus e meditando em alguns versículos fui levado a ler a carta aos Hebreus. Ah! Aqueles versículos falaram muito ao meu coração e senti um renovo no meu espírito, algo que não vem meramente de uma emoção humana mas que sei que veio do céu. Vou postar aqui o trecho da carta aos Hebreus e depois comento o que compreendi:

Hebreus 6.13-20

"Porque, quando Deus fez a promessa a Abraão, como não tinha outro maior por quem jurasse, jurou por si mesmo, dizendo: Certamente, abençoando, abençoarei e, multiplicando, te multiplicarei. E assim, esperando com paciência, alcançou a promessa. Porque os homens certamente juram por alguém superior a eles, e o juramento para confirmação e, para eles, o fim de toda contenda. Pelo que, querendo Deus mostrar mais abundantemente a imutabilidade do seu conselho aos herdeiros da promessa, se interpôs com juramento, para que por duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, tenhamos a firme consolação, nós, os que pomos o nosso refúgio em reter a esperança proposta; a qual temos como âncora da nossa alma segura e firme e que penetra até ao interior do véu, onde Jesus, nosso precursor, entrou por nós, feito eternamente sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque"

        Que Palavra tremenda! O trecho desta carta mostra aos Hebreus algo fantástico, o nosso Deus que fez uma promessa a Abraão não tinha ninguém maior e então jurou por si mesmo, ou seja com a própria palavra. O EU SOU não precisa jurar por ninguém, é Ele mesmo quem diz certamente, abençoando, abençoarei...Se Deus disse que vai abençoar ele vai abençoar, se disse que vai multiplicar, Ele multiplicará. Mais adiante o escritor da carta aos Hebreus diz que Ele faz isso mostrando que sua palavra não muda e que Ele mesmo se interpôe como juramento. Ora o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó é o mesmo hoje, e Ele, o nosso Deus tem promessas para nossas vidas e quando Ele faz uma promessa não pode mentir...A Palavra de Deus fala que é impossível que Deus minta. E não era só para aquele tempo, o escritor diz "nós" os que pomos o nosso refúgio em reter a esperança.
        Mas a revelação desta palavra aparece nos versiculos 19 e 20. Primeiro a "esperança proposta" descrita no versículo 18, a nossa consolação é revelada em Cristo, Ele a esperança da Glória.
        Segundo, Jesus, é revelado como âncora da nossa alma. Glória a Deus! Jesus revelado aqui como âncora é agora nosso sumo sacerdote. Preciso fazer um parêntese aqui:
        No antigo testamento o sacerdote era o único que tinha acesso ao lugar santíssimo e como ele estaria ali na presença de Deus ele entrava com uma corda presa aos pés e uma sineta, pois se ele morresse ele seria puxado para fora pelos que estavam na congregação.
        Jesus, o nosso sumo sacerdote, morreu por nós para que tivéssemos livre acesso à presença de Deus:
"Eu sou o caminho a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai senão por mim"
        Ele então, Jesus, é nossa âncora, por meio dele temos a segurança para entramos na presença do Pai, e esta âncora, como diz na carta aos Hebreus, é segura e firme. Vamos por meio dele além do véu (outro parêntese aqui, quando Jesus consumou a obra na cruz o véu do templo se rasgou de alto a baixo, literalmente, simbolizando o nossa liberdade em chegar diretamente diante de Deus).
        Lembre-se disso: Deus não mente, as promessas que Ele fez se cumprem, mas a maior de todas as promessas já se cumpriu, Jesus a esperança da Glória, âncora de nossas almas.
        No próximo post falarei sobre a figura do sacerdócio de Melquisedeque....
        Na Paz daquele que Reina para todo o sempre: JESUS

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

A soberania de Deus

Graça e Paz amigos, segue aí o esboço de minha pregação deste domingo na igreja:




"E disse Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós." (Êxodo 3 : 14)


"Quando, pois, lhes disse: Sou eu, recuaram, e caíram por terra." (João 18 : 6)

Introdução:

Texto Base: "Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, que é, e que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso." (Apocalipse 1 : 8)

Há algo acontecendo de forma muito sutil e que precisa ser considerado, o fato de estarem hoje em dia questionando a soberania de Deus, é importante entendermos o que significa ser Soberano: Segundo o dicionário Soberano é: “Que está revestido da autoridade suprema, que governa com absoluta autoridade”. É possível observarmos na Bíblia que Deus é descrito assim como soberano e é assim que é, e desta forma aprendemos sobre as características de Deus: Onipotente, Onisciente, Onipresente. Entretanto, hoje, não só o mundo e a ciência, mas em muitos lugares temos visto pessoas questionando a soberania de Deus. É possível que estejamos vendo os sinais da apostasia...

"Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos." (Mateus 24 : 5)

Mas será que também nós não estamos em algum momento questionando ou colocando em dúvida a soberania de Deus? Será que os nossos feitos, nossa fala não demonstra esta dúvida?

Desenvolvimento:

Há um diálogo de Jesus com os discípulos em que Ele, Jesus coloca para eles um questionamento muito forte, Jesus pergunta a Eles:

"Disse-lhes ele: E vós, quem dizeis que eu sou?" (Mateus 16 : 15)

Simão Pedro dá a resposta dizendo que Jesus é o Cristo o filho do Deus vivo.

A questão é que os outros diziam várias coisas a respeito de Jesus, que Ele era um profeta, que era o próprio João Batista, Elias, Jeremias. Mas Pedro refere-se a Jesus como Filho de Deus. Reconhece-o portanto através da revelação do Espírito. Mas e nós quem estamos dizendo que é Jesus?

Ao questionar a soberania de Deus o homem quer se colocar no patamar de Deus, Ele mesmo, como se a criatura tivesse algum poder sobre quem o criou.

"Vós tudo perverteis, como se o oleiro fosse igual ao barro, e a obra dissesse do seu artífice: Não me fez; e o vaso formado dissesse do seu oleiro: Nada sabe." (Isaías 29 : 16)

A dificuldade do homem talvez esteja em aceitar a dependência de Deus, a verdade é que: ‘ Se Deus é onipotente e soberano eu dependo da sua misericórdia...”

Na declaração de Pedro encontramos o fundamento sólido, a pedra angular, o próprio Jesus, o Cristo, Filho do Deus vivo.

Jesus declarava isso a fim de fazer com que entendessem o real sentido da sua vinda:

"E quem me vê a mim, vê aquele que me enviou." (João 12 : 45)

Ele, Jesus, o Deus soberano, Rei dos reis, é aquele que se esvaziou de si mesmo e veio como homem para nossa redenção:

"Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens;" (Filipenses 2 : 7)

Precisamos negar a nós mesmos e mergulharmos nessa dependência!

Ao mesmo tempo é em Jesus que vemos a manifestação de todo o poder de Deus:

"E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra." (Mateus 28 : 18)

Conclusão:

Precisamos negar a nós mesmos e mergulharmos nessa dependência! Disso depende toda a nossa compreensão dos propósitos de Deus em um tempo em que a falsamente chamada ciência se multiplica afastando o homem do caminho verdadeiro. É nesse tempo que devemos nos voltar para a verdade do evangelho “tendo iluminados os olhos do nosso entendimento” vendo o nome de Jesus acima de todo o nome, ou como na tradução literal da palavra em grego (onoma) autoridade sobre toda a autoridade, Deus não é um mero espectador ele é o escritor, o autor da vida:

"Acima de todo o principado, e poder, e potestade, e domínio, e de todo o nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro;" (Efésios 1 : 21)

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Leia essa...

Prove e veja





Na Universidade de Chicago, Divinity School, em cada ano eles têm o que chamam de “Dia Batista”, quando cada aluno deve trazer um prato de comida e ocorre um piquenique no gramado. Nesse dia, a escola sempre convida uma das grandes mentes da literatura no meio educacional teológico para palestrar sobre algum assunto relacionado ao ambiente acadêmico.



Certo ano, o convidado foi Paul Tillich,1 3 que discursou, durante duas horas e meia, no intuito de provar que a ressurreição de Jesus era falsa. Questionou estudiosos e livros e concluiu que, a partir do momento que não existiam provas históricas da ressurreição, a tradição religiosa da igreja caía por terra, porque estava baseada num relacionamento com um Jesus que, de fato, segundo ele, nunca havia ressurgido literalmente dos mortos.



Ao concluir sua teoria, Tillich perguntou à platéia se havia alguma pergunta, algum questionamento. Depois de uns trinta segundos, um senhor negro, de cabelos brancos, se levantou no fundo do auditório: “Dr Tillich, eu tenho uma pergunta, ele disse, enquanto todos os olhos se voltavam para ele. Colocou a mão na sua sacola, pegou uma maçã e começou a comer... Dr Tillich... crunch, munch... minha pergunta é muito simples... crunch, munch... Eu nunca li tantos livros como o senhor leu... crunch, munch... e também não posso recitar as Escrituras no original grego... crunch, munch... Não sei nada sobre Niebuhr e Heidegger... crunch, munch... [e ele acabou de comer a maçã] Mas tudo o que eu gostaria de saber é: Essa maçã que eu acabei de comer... estava doce ou azeda?



“Tillich parou por um momento e respondeu com todo o estilo de um estudioso: ‘Eu não tenho possibilidades de responder essa questão, pois não provei a sua maçã’.



“O senhor de cabelos brancos jogou o que restou da maçã dentro do saco de papel, olhou para o Dr. Tillich e disse calmamente: ‘O senhor também nunca provou do meu Jesus, e como ousa afirmar o que está dizendo?”. Nesse momento, mais de mil estudantes que estavam participando do evento não puderam se conter. O auditório se ergueu em aplausos. Dr. Tillich agradeceu a platéia e, rapidamente, deixou o palco”.

Luz e Sombra (para refletir)


Graça e paz amigos:

Fiquei com estas frases hoje na mente e resolvi postar aqui:

O que causa a sombra não é a luz mas os obstáculos que estão diante de nós...


A luz ressalta a presença do obstáculo...

Quanto mais escura for a sombra, mais luz haverá atrás do obstáculo...

E, então me veio ao coração estes versículos:
"Veio, porém, a lei para que a ofensa abundasse; mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça;" (Romanos 5 : 20)
"Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho." (Salmos 119 : 105)
"Os quais servem de exemplo e sombra das coisas celestiais, como Moisés divinamente foi avisado, estando já para acabar o tabernáculo; porque foi dito: Olha, faze tudo conforme o modelo que no monte se te mostrou." (Hebreus 8 : 5)

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

A manifestação da Glória...

Oi amigos! Graça e PAZ! Segue aí o esboço da minha pregação da última terça-feira:



Manifestação: (dicionário Michaelis) Dar a conhecer a sua presença por sinais físicos ou por materialização. Mostrar revelar. Tornar manifesto patente, público, notório

Texto base: Mateus 14: 22 E logo ordenou Jesus que os seus discípulos entrassem no barco, e fossem adiante para o outro lado, enquanto despedia a multidão.

23 E, despedida a multidão, subiu ao monte para orar, à parte. E, chegada já a tarde, estava ali só.

24 E o barco estava já no meio do mar, açoitado pelas ondas; porque o vento era contrário;

25 Mas, à quarta vigília da noite, dirigiu-se Jesus para eles, andando por cima do mar.

26 E os discípulos, vendo-o andando sobre o mar, assustaram-se, dizendo: É um fantasma. E gritaram com medo.

27 Jesus, porém, lhes falou logo, dizendo: Tende bom ânimo, sou eu, não temais. 28 E respondeu-lhe Pedro, e disse: Senhor, se és tu, manda-me ir ter contigo por cima das águas.

29 E ele disse: Vem. E Pedro, descendo do barco, andou sobre as águas para ir ter com Jesus.

30 Mas, sentindo o vento forte, teve medo; e, começando a ir para o fundo, clamou, dizendo: Senhor, salva-me!

31 E logo Jesus, estendendo a mão, segurou-o, e disse-lhe: Homem de pouca fé, por que duvidaste?

32 E, quando subiram para o barco, acalmou o vento.

33 Então aproximaram-se os que estavam no barco, e adoraram-no, dizendo: És verdadeiramente o Filho de Deus.

34 E, tendo passado para o outro lado, chegaram à terra de Genesaré.

35 E, quando os homens daquele lugar o conheceram, mandaram por todas aquelas terras em redor e trouxeram-lhe todos os que estavam enfermos.

36 E rogavam-lhe que ao menos eles pudessem tocar a orla da sua roupa; e todos os que a tocavam ficavam sãos.



Este texto mostra-nos algo muito importante, muitas vezes não estamos preparados para a manifestação da glória de Deus. Em meio à tempestade os discípulos não criam que estavam diante do Filho de Deus, viam-se espantados e pensavam que Jesus fosse um fantasma. È aí que entendemos a postura que devemos ter em meio à tribulação: È preciso crer que mesmo na tempestade há manifestação do Poder de Deus. E é justamente aí que Ele se mostra já que o Poder se aperfeiçoa na fraqueza! Mas é preciso entendermos aquilo que acompanha a manifestação da Glória de Deus:



" Manifestação da verdade. 1

A verdade é sempre revelada para que a glória se manifeste, o que estava oculto aparece, a verdade da palavra de Deus é o caminho inicial...

"Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem, na presença de Deus, pela manifestação da verdade." (II Coríntios 4 : 2)

Manifestação do Juízo. 2

A manifestação da Glória é acompanhada de juízo! Alguns verão a Glória de Deus na manifestação do juízo.

"Mas, segundo a tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da manifestação do juízo de Deus;" (Romanos 2 : 5)

Manifestação do Espírito. 3

A manifestação da Glória é acompanhada do Espírito de Deus, e tudo o que Ele faz é visível e notório e tem uma finalidade, sempre há um propósito, não há manifestação apenas pela manifestação!!

"Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil." (I Coríntios 12 : 7)

Manifestação dos filhos de Deus! 4

Este ponto diz respeito há nós, mais que uma responsabilidade é um privilégio fazermos parte da manifestação de Deus no mundo...

"Mas, segundo a tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da manifestação do juízo de Deus;" (Romanos 2 : 5)

A manifestação que ainda virá do nosso Senhor Jesus Cristo! 5

A grande manifestação é a que todos esperamos! A vinda do Nosso Senhor Jesus, O Espírito e a Noiva dizem vem!!

"De maneira que nenhum dom vos falta, esperando a manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo," (I Coríntios 1 : 7)

A manifestação será material e notória (todo olho verá e toda língua confessará...) Jesus quer que manifestemos a sua glória hoje!